9.4.08

Espontâneo


ESPONTÂNEO

Vai cantando sem compasso
Desalinhado da teoria que o fez inventado.
Nem o queria com passo...
Marcá-lo, era aprisioná-lo num pedaço de horizonte,
Era abrir-me ao futuro com as vozes do passado!

Quem tem medo da imperfeição tem medo da vida
Que sem tentar, acontece e não deixa de insistir.
E se descobrem que a Dor é interior
Decidem escrever um verso bonito e encantador
Que hipnotiza movimento e intenção,
Coagula a veia que enche o coração
E pinta as lápides todas da mesma cor!

Eu não quero nem lápide, nem verso, nem nada!
Eu quero tudo.. AGORA!
Amanhã é dia de querer outra coisa...
Amanhã quero o dia, hoje é o dia da noite!
Aproveita agora que o sangue corre,
Chega de teses, é a hora da maré cheia!
Chega de talhar o mundo de arestas e vértices
E simétrico à esquadria, já me acham social?

Cabulando a poesia e vivendo tudo igual?



Fotografia de Simão Correia

1 comentário:

Daniela da Costa disse...

A minha simples mas sentida opinião, a cada palavra que vai surgindo naquilo que escreves, o meu vício de tudo isso aumenta.
Que bem!! Continua que gosto de te "ouvir"...
Beijinho REI