7.4.08

Intemporal




INTEMPORAL

Das horas que passam não escolho nem uma!
"Precisava de ti mais perto de mim
Como o barulho do mar no cheiro da espuma
A inundar-me os sonhos do princípio ao fim!"

Das vidas que passam não sinto nenhuma...
Estranho-me ao espelho, divido-me ao meio
Engano o destino, tropeço no caminho
- De tempos a tempos acabo numa urna!

Ah e as coisas que gritam por mim
E o sangue a escoar-me nas veias!
Fecho as portas, viro as costas e vou em frente,
Sem existir, continuamente.


Fotografia de Bruno Belo

3 comentários:

Daniela da Costa disse...

SIMPLESMENTE FANTÁSTICO...
Sei que vai ser um daqueles blogs que queremos, sempre, visitar :D
Beijinho :)

Anónimo disse...

Óptima foto e poema inaugurais deste blog...Que continuem as confidências às letras que nunca traem o "poeta", e à objectiva, que é capaz de expressar ainda mais do que as palavras! =)

Anónimo disse...

"Não será o tempo que te chama, e te aguarda numa qualquer hora perdida de um dia ao acaso? Escuta, olha... A Porta!!! A porta, está aberta, e a rua logo ali... segue uno e consistente, e serás tudo o que quiseres ser..."

Abraço Amigos :) [[[]]]